O calçado de segurança é essencial para proteger os trabalhadores em inúmeros contextos industriais. Da proteção contra ferimentos à otimização do desempenho, o calçado de segurança desempenha um papel integral no estabelecimento de um ambiente de trabalho seguro.
Em Portugal, os requisitos para o equipamento de proteção individual (EPI) dos trabalhadores são definidos pelo regulamento EPI da União Europeia e pelas normas europeias e internacionais nele baseadas. Estas normas garantem que os requisitos de EPI são atualizados para elevar os padrões de segurança.
Recentemente, estas entidades introduziram uma atualização da norma EN ISO 20345, substituindo a anterior EN ISO 20345:2011 pela nova EN ISO 20345:2022 como referência para o calçado de segurança.
Esta norma revista introduz várias alterações importantes que terão impacto no mercado do calçado de segurança e proporcionarão uma proteção ainda melhor aos trabalhadores, como iremos explorar neste artigo.
O que dizem estas normas?
A lógica subjacente às normas de segurança como a EN ISO 20345 tem duas vertentes. Em primeiro lugar, definem critérios consistentes de segurança e desempenho que todos os produtos no mercado devem cumprir. Em paralelo, evoluem continuamente para atender às mudanças no perfil de risco do local de trabalho, aos avanços tecnológicos e às necessidades da indústria.
Como explorámos no nosso artigo “Calçado de segurança S1, S2, S3: quais as diferenças?”, a EN ISO 20345 introduz vários testes a aplicar a qualquer tipo de calçado de segurança, o que permite a classificação de qualquer calçado na escala “S”.
Na versão lançada em 2011, esta classificação variava entre SB (o nível básico) e S5. Quanto maior o número S, maior o nível de proteção, conforme as características específicas do calçado testado (por exemplo, resistência à perfuração).
Com a atualização em 2022, a EN ISO 20345:2022 alarga esta escala até ao nível S7, introduzindo novos requisitos básicos e requisitos adicionais, como exploraremos em seguida.
Conheça o novo requisito básico
Esta atualização das normas introduziu um novo requisito do nível básico e seis novos requisitos adicionais.
O novo requisito básico trata-se da resistência ao escorregamento ou SR (do inglês “slip resistance”). Este requisito é adicionado ao nível SB, ou seja, todo o calçado certificado como SB terá agora que passar os testes de resistência ao escorregamento.
Dado o número significativo de lesões no local de trabalho atribuídas a derrapagens, este requisito destina-se a reforçar a segurança numa série de atividades. Determina que todo o calçado de segurança seja submetido a testes rigorosos de resistência ao deslizamento, garantindo que os produtos oferecem uma tração fiável numa variedade de ambientes de trabalho.
Seis novos requisitos adicionais
Quanto aos requisitos adicionais, aqui observa-se realmente a atenção a diferentes contextos perigosos no ambiente de trabalho.
Um destes novos requisitos é a resistência á perfuração, que substitui a anterior “resistência à penetração”, previamente identificado pela letra P. No entanto, essa marcação não indicava qual o material do calçado que confere proteção contra perfuração. A nova norma esclarece diferentes materiais e qual o diâmetro do objeto perfurante testado. Um diâmetro mais pequeno resulta numa pressão mais elevada e, consequentemente, a requisitos de proteção mais elevados.
Portanto, a resistência à perfuração é agora medida por três requisitos: P, PL e PS.
O nível P certifica calçado de segurança com palmilha metálica, resistente a perfuração por objetos com 4.5mm de diâmetro.
O nível PL difere do nível P apenas por referir-se a palmilhas não-metálicas.
Já o nível PS difere do nível PL por ser resistente a perfuração por objetos com 3mm de diâmetro.
Outro novo requisito é a resistência à penetração e absorção de água, ou WPA (do inglês “water penetration and absorption”). Este requisito substitui a marcação WRU (water repellent upper) da norma 2011, pois a WRU não contemplava o fenómeno de penetração de água pelas costuras e absorção da mesma pelo calçado.
Assim, o WPA providencia um nível de resistência mais compreensivo contra a resistência à água, obrigatória em calçado de segurança S2.
De resto, há que mencionar os novos requisitos opcionais LG (“ladder grip”, ou seja, calçado com maior aderência em escadas) e SC (“scuff cap”, ou seja, uma biqueira protegida com resistência à abrasão).
Guia prático para a nova classificação
Com tantas mudanças, é fácil ficar confuso sobre o que realmente mudou e o que se mantém, nomeadamente a introdução dos níveis S6 e S7.
Assim, confira abaixo o nosso infográfico com este resumo.
O que acontece ao calçado certificado pela norma “antiga”?
A transição para a norma de 2022 não invalida de forma alguma o calçado de segurança certificado ao abrigo da norma EN ISO 20345:2011. Estes produtos continuam disponíveis para venda até à expiração dos certificados emitidos pelos organismos certificados.
Portanto, pode comprar com toda a tranquilidade produtos com a certificação de 2011, uma vez que continuam a estar em conformidade e a ser eficazes na sua proteção e na dos seus trabalhadores em vários ambientes de trabalho.
Se procura calçado de segurança da mais alta qualidade, excelente design e excelente nível de proteção, recomendamos que consulte a Monitor Shoes, uma marca escandinava que rapidamente se tem tornado numa escolha de eleição em Portugal.
Conclusão
A evolução das normas de EPI, como a EN ISO 20345:2022, sublinha a natureza progressiva do setor da segurança. Impulsionados pela busca incessante da segurança e do conforto dos trabalhadores, estas normas elevam continuamente a fasquia do calçado de proteção.
Na M&M Protek, estamos na vanguarda desta evolução. A nossa extensa gama de calçado de segurança de topo, incluindo marcas líderes como a Monitor, é um testemunho da nossa dedicação à sua segurança. À medida que estas marcas aceleram a sua produção de calçado com a certificação, na loja online da M&M Protek continuará a fornecer o calçado de proteção mais recente, mais seguro e mais fiável.
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